Sunday, March 28, 2010

Entre nós

Quando te olho e não me olhas
Tão profundo e vazio é o vão que nos separa
Apesar de que estamos lado a lado
Ainda sim, é difícil imaginar que este vão será rompido

E olho para este abismo entre nós
Ele também olha pra mim
Faz da minha alma á sua própria monstruosidade
Nesse curto espaço de tempo, que parece ser eterno

O brilho das lâmpadas, até mesmo o ar fresco
Nada muda, ele ainda existe aqui, entre nós
O vácuo, o nada, o profundo e obscuro abismo
Entre meu olhar e o seu, eu sei que nem mesmo me vês

Fico intrigado, por esse comportamento
A obscuridade das intenções e idéias
São tão evidentes, mas ainda assim
Cuidadosamente maquiadas por um sorriso singelo

Pouca gente percebe,
Entre nossos olhares
Sorrisos e conversas
Há um enorme abismo

Abismo esse que me transforma
Me consome
E me faz como ele

1 comment:

Selrahc said...

Sabe, lendo esse poema é como se eu me indentificasse com cada palavra, cada frase e cada sentimento, o que na verdade me sinto assim!Entretanto adorei o Poema!