Monday, March 29, 2010

Não quero conviver contigo

Senti-me feliz
Enquanto tolo, acreditei
Em suas palavras
Na educação das professoras
Numa sociedade de colaborações

E eu sempre fui levado a acreditar
Que é do amor que nascem os namoros
Que do trabalho duro nascem riquezas
Da honestidade se vive tranqüilo
E que as pessoas buscam um terreno em comum

Tão infantil e tolo
Da premissa da reciprocidade
Eu fui ao chão
Eu carreguei fardos que não eram meus
Eu vivi coisas que não faziam parte da minha vida
Para ser deixado sozinho quando a hora da bonança chegou

O que eu aprendi?
Que da convivência nascem os conflitos
Que existem apenas interesses mascarados por altruísmo
Quem muito alega ser uma vítima na verdade quer oprimir
Amar na verdade pode significar “gosto das suas coisas, não de você”
E que as mulheres não são aqueles seres maravilhosos que deveriam comandar o mundo
Mas sim aqueles seres dispostos a passar por tudo e por todos para adquirirem status

Agora, dentro da minha toca
Eu sei que mentiram para mim
Eu sei que quem te chama de amigo hoje, te passa a perna amanhã
Eu sei que existem vários tipos de prostituição, e que muita gente pratica sem saber
E eu sei, que eu vivi ilusões, que apesar de terem sido felizes, não representam nada.
Eu sei que quero estar sozinho
E sei que sozinho posso ser feliz.

Sunday, March 28, 2010

Entre nós

Quando te olho e não me olhas
Tão profundo e vazio é o vão que nos separa
Apesar de que estamos lado a lado
Ainda sim, é difícil imaginar que este vão será rompido

E olho para este abismo entre nós
Ele também olha pra mim
Faz da minha alma á sua própria monstruosidade
Nesse curto espaço de tempo, que parece ser eterno

O brilho das lâmpadas, até mesmo o ar fresco
Nada muda, ele ainda existe aqui, entre nós
O vácuo, o nada, o profundo e obscuro abismo
Entre meu olhar e o seu, eu sei que nem mesmo me vês

Fico intrigado, por esse comportamento
A obscuridade das intenções e idéias
São tão evidentes, mas ainda assim
Cuidadosamente maquiadas por um sorriso singelo

Pouca gente percebe,
Entre nossos olhares
Sorrisos e conversas
Há um enorme abismo

Abismo esse que me transforma
Me consome
E me faz como ele