Friday, April 27, 2007

Outono

O Sol preguiçoso
Dormiu mais um pouco
No macio céu nublado
E a noite entendeu-se um pouco mais

O Vento Frio
Derruba as primeiras folhas e memórias
Do que foi Primavera e Verão...

O Outono Chegou,
Trazendo a frieza e a queda
Em seus belos tons
Desbotados

Então o Sol escondeu-se
Para não secar o Orvalho
Que enfeita as plantas
Por mais tempo...

Só no outono...

O vento Frio Soprou forte
Chacoalhou meus galhos
E Derrubou... meus velhos sonhos
Lentamente os levando
Este é o vento de outono
O único vento
Que esfria corações

Por favor, Vento!
Leve-me também
Enraizado aqui não tenho ninguém
Como eu quero ser livre...
Para viver sonhando

Escutaria meu coração?
Não me deixaria só nesta estação?
Deixaria-me ser livre...
Para fugir sempre...
Deste outono?

Sonhos sempre brotam
Mas o tempo...
Os seca
Como orvalho...

É o ciclo, que vai e vem...
Entorpecendo-me
Para depois me causar dor

Devaneios morrem todos...
Nenhum sonho
Resiste ao Ocaso
De Outono...

Acabaremos voando para sempre perdidos...

Junto às folhas...
Os Sonhos
Que se foram
Nos Outonos...

Tuesday, April 24, 2007

Hoje

Hoje acordei cismático
Estou com um certo incômodo
Que aqui vos comunico

Continuo a revirar Meu Passado
E repudio tão infame mania...
De refocilar o lodo

Mas o faço para acabar com minhas Aporias
Qual Serão meus Problemas?
Talvez os encontre em minhas cronologias...

Pareço preso à Algemas
Seria meu jeito? Ou o alheio?
Este é meu Grande dilema

Que em minha consciência tateio
Qual Será o corrupto?
Que tanto rastreio...

Interrompido de modo abrupto
Sinto que faço errado ao tentar entender
A linguagem e os modos de um mundo corrupto

E vejo que perco meu tempo tentando aprender
A desviar destas tristes intenções
apenas por medo de me corromper

Pra que servem emoções
Se estas mal recebem valor
E Influenciam demais nossas ações?

A essa altura eu só queria um pouco de calor
aquele calor humano, tão proposto em desumanas mentiras.
e assim não mais serei um devaneador

Vivendo à minha Fantasia

Monday, April 23, 2007

O Sorriso

Estou Sorrindo
De Sua Desgraça
E não sinto mais
Auto-compaixão
Por sua aleivosia

Estou feliz, portanto
Tire sua Mascara
Sorria para meu Sorriso
Estou Honrado
E você?

Mantive minha ética
Perpetuei minha decência
E Você? maculada em decadência
A pura indecência expressa!

Eu Estou sorrindo!
Porque ganhei!
Mergulhei num rio de escória
E não me sujei!

Você, sempre esteta...
Depravada pela própria beleza
Mas por baixo desta Epiderme
Total Pobreza...

Agora sei por que preocupa-se tanto
A continuar tão bela
Aí debaixo
Não tem o suficiente
Nem para um simples diálogo raso

Como Estou?
Sorrindo Triunfante
Minha pureza
Permanece Intacta
Meu tesouro guardado
Não é para mãos enxovalhadas
Quanto mais pessoas Infames

Eu ganhei!
Mantive o que mais valorizo
Por isso, aprecie meu Sorriso
Enquanto aprecio
Seu naufrágio em dejetos
Uma bela troca não?
Eu sei...
Reciprocidade sempre foi meu negócio

Eu acredito em redenção
Mas não acredito em segundas chances
Até mais, aproveite sua beleza
Enquanto o tempo ainda não te nega
Encontre mais um para ti
E torça para que não seja.
Seu semelhante

Sorrindo, eu digo
Que minha Moral
Prevalecerá por muito
Talvez, até mesmo depois
Do meu sepulcro
Meu sorriso, sera eterno.

O que tenho de melhor
Nunca esteve Recluso
À um Involucro Mortiço

O Amante

Serei brinquedo
Seu simples entretenimento
Ao final do dia

Serei sua diversão
nas horas em que desejar
não ter mais obrigações

Sou seu amante
E acompanharei
Suas vontades inconstantes

E como um brinquedo
Ficarei Esperando
Onde você me deixar.

Sunday, April 22, 2007

O Degrau

Um degrau
Bem próximo ao chão
Um dos primeiros...
Em que se pisam para progredir
Um dos últimos...
Em que se pisam para regredir

Pois Bem, Muito prazer
Este degrau, sou eu

Sou usado sem pudor
Pisado sem piedade
Elevando, descendendo
Sem a mínima notoriedade

Sou só um instrumento
Cotidiano
Forçado
A não ter sentimentos

Sempre haverá
Alguém para me limpar
Para cuidar e lustrar
Mas nunca... todo dia
Quanto mais...Permanentemente

Todas pisam, todas são passageiras...

Por isso...
Como mármore bruto
Deve ser meu coração
Para suportar
Este tipo de solicitação
E jamais quebrar

Continuando sendo seu degrau
degrau de tantas
E mesmo assim sorrir
Antes de você me pisar...
Sabendo que pisas
Para nunca mais voltar ...

Quem me dera eu fosse o piso...

O Amor

Que beleza teria o Amor se este fosse Fácil?
Se fosse simples, estável e contido?
Expresso ao todo, Desinibido?

Que graça teria...
em saber antes do acontecer?
em antecipar antes de desfrutar?

o Amor? bem...

Prefiro-o Ardil
Cheio de segredos
Feito apenas para transviar

Eloquente
Tão Intenso, que se exalta
No mais puro mistério

A pura vontade de conhecer
de sanar curiosidades
por meio da ousadia.

No desejo de compartilhar
De ser e se render
Para a doce duvida do amar

Wednesday, April 18, 2007

Priscilla

Bela ProscilaP
Que meu coração Impila
De bela pele alva
Delicada como Malva

Seduzido
Por belíssima criação
Abatido...
Entrando em Ignição

Como seria possível?
Serdes Tão perfeita
Seria Algo tangível...
ao que minha mente deleita?

Minhas intenções
Seriam no Mínimo Suspeitas...
Ao te desejar, Completa
em minhas tentações?

Como podes me tentar?
Em tamanho Furor
Para em seus Lábios Saborear
A sensação do Amor.

Tuesday, April 17, 2007

Eu Sou

A Vontade Reprimida
Retida no Peito
Ogiva Explosiva
Esperando um Preceito

Um amante Rejeito
De Amor Moribundo
Desejo infecundo
E à dor sujeito

Vital Coadjuvante
Confuso, provisório
Frustrado e errante
Simplesmente irrisório

Inocência Maculada
Encolhida nos cantos
Derramando seus Prantos
Sob imagens borradas

Eu sou,Eu Sou
tudo isso
Antigo fracasso
Defensivo, em capa de aço
Convertido a Ouriço
Por conta do destino

Eu sou, Eu Sou
O Bolo de Aniversário
Bom para ocasiões
mas péssimo para se ter
todo dia...

Tuesday, April 10, 2007

Marasmo

Marasmei você
E nada você me deu
Marasno! eu sou!
Tanto que quiz, e agora...
Marasmorto fiquei de tanto tentar.

Marasmo...

Neste Oceano
Mar-asmo!
Maras Mordem!
E como Dói
Eu queria tanto
Amar-asmar, e sem tossir!
Mas Puta merda, eu tenho Bronquite!
E estou Amarasmo neste navio!
Com ele vou afundar.

Marasmo...

Armarasmei-me até os dentes...
Mas não adiantou...
ainda estou Amarasmo nessa merda!
Maldita corrente, quem me dera não fosse alternada.
Maras Mordem, e o pior é quando são elétricas.
Aí Não! ARGH!!!
MEU MARASCO!!!!
Não terei mais filhos...

Marasmo...

Amarasmei você
E nada você me deu
Não...
O ORAL NÃO CONTA...

Marasmo...